O fígado do cachorro e fígado do gato são órgãos vitais e poderosos. Eles atuam como verdadeiras centrais de purificação do corpo, sendo responsáveis por funções como a destoxificação de toxinas, metabolização de nutrientes e medicamentos, produção de proteínas importantes e armazenamento de energia.

Mas, mesmo sendo um órgão extremamente resistente — com uma alta capacidade de reserva funcional — o fígado só mostra sinais evidentes de doença quando o problema já está mais avançado. E o mais importante: muitas vezes achamos que o problema está no fígado, mas ele pode ser só uma vítima de algo que começou em outro lugar.

Vamos entender isso melhor.

Quando o fígado sofre sem ser o vilão

Existem várias condições extra-hepáticas (fora do fígado) que podem prejudicar esse órgão de forma secundária. Um exemplo muito comum é o acúmulo de tártaro e a presença de infecções bucais. As bactérias da boca podem entrar na corrente sanguínea e, ao passarem pelo fígado, causar inflamações e sobrecarga.

Outro exemplo é a disbiose intestinal – um desequilíbrio na flora intestinal – que permite a passagem de toxinas e resíduos mal digeridos para a circulação, afetando diretamente o fígado.

Ou seja, nem sempre o problema começa no fígado, mas ele sofre as consequências. Isso mostra como o corpo do pet funciona como um sistema integrado, e por isso é tão importante investigar a fundo qualquer alteração.

Como identificar problemas hepáticos nos pets?

O primeiro passo é uma boa anamnese, ou seja, um levantamento completo do histórico do pet: dieta, uso de medicamentos, exposição a plantas tóxicas, vacinação, presença de outras doenças e muito mais.

Além disso, o exame físico e exames laboratoriais ajudam a detectar sinais como:

  • Aumento de enzimas hepáticas (como ALT e FA)

  • Icterícia (pele e mucosas amareladas)

  • Letargia e perda de apetite

  • Vômitos ou diarreia frequentes

  • Urina escura e fezes claras

Esses sintomas, no entanto, geralmente só aparecem quando o fígado já está bem comprometido. Por isso, a prevenção e o acompanhamento veterinário são essenciais.

Por que o fígado do cachorro e fígado do gato são tão sensíveis?

O fígado é responsável por metabolizar (ou seja, quebrar e transformar) substâncias químicas — muitas delas tóxicas para o organismo. Isso inclui alimentos, conservantes, pesticidas, medicamentos, entre outros. Essas substâncias, chamadas de xenobióticos, são processadas pelo fígado e, se forem agressivas demais ou estiverem em excesso, podem causar danos significativos.

Além disso, algumas raças de cães têm predisposição genética a doenças hepáticas, e os gatos, por sua vez, são especialmente sensíveis a certos medicamentos e jejum prolongado.

Medicamentos que podem prejudicar o fígado dos pets

Alguns medicamentos são essenciais para o tratamento de doenças, mas podem causar hepatotoxicidade — ou seja, danos ao fígado. Essa toxicidade pode ocorrer de duas formas:

Intrínseca Idiossincrásica
Quando a substância é tóxica em qualquer animal, dependendo da dose. Quando a reação é imprevisível e acontece em animais sensíveis, mesmo com doses normais.

 

Veja alguns exemplos importantes:

1. Anti-inflamatórios (AINEs)

Medicamentos como o carprofeno são úteis, mas podem causar reações hepáticas graves em alguns cães. Na Zoo Médica, já atendemos casos em que cães apresentaram aumento acentuado das enzimas ALT após o uso de AINEs.

Geralmente, os sintomas aparecem nas primeiras 3 semanas de uso, e incluem apatia, vômito e alterações nos exames de sangue. Em alguns casos, especialmente em gatos, o uso inadequado pode causar insuficiência hepática aguda.

Alerta importante: o paracetamol (acetaminofeno) é extremamente tóxico para gatos e pode levar à morte mesmo em pequenas doses.

2. Anticonvulsivantes (ex: fenobarbital)

Medicamentos usados para controlar convulsões podem causar aumento leve da fosfatase alcalina e, em alguns casos, elevação da ALT. Quando essas enzimas aumentam muito ou há sinais de disfunção hepática (como icterícia ou queda de albumina), é necessário suspender o medicamento.

3. Imunossupressores (ex: azatioprina)

Usada no tratamento de doenças autoimunes, a azatioprina pode causar aumento das enzimas hepáticas, especialmente nas duas primeiras semanas de tratamento. A raça Pastor Alemão parece ser mais sensível.

4. Glicocorticoides (ex: prednisona)

Apesar de muito usados, podem causar hepatopatia vacuolar e elevação da fosfatase alcalina. Em geral, o efeito é reversível com a redução da dose, mas o acompanhamento é essencial.

5. Agentes quimioterápicos (ex: lomustina)

A lomustina tem hepatotoxicidade bem documentada em cães. Os danos são geralmente cumulativos e irreversíveis, e o aumento da ALT pode ser até 11 vezes maior que o normal.

O uso de protetores hepáticos, como S-adenosilmetionina (SAMe) e silibinina, pode ajudar a minimizar esses efeitos.

Como proteger o fígado do seu pet?

💡 Dicas práticas para cuidar do fígado do cachorro e fígado do gato:

  • Evite automedicação. Nunca dê remédios humanos sem orientação veterinária, especialmente analgésicos.

  • Atenção à alimentação. Prefira dietas naturais e balanceadas, evitando corantes, conservantes e gorduras em excesso.

  • Cuide da saúde bucal e intestinal. Tártaro e disbiose podem afetar o fígado.

  • Faça check-ups regulares. O exame de sangue ajuda a identificar alterações antes que os sintomas apareçam.

  • Use protetores hepáticos quando necessário. Suplementos como SAMe, silimarina e vitamina E podem ser indicados pelo veterinário.


Conclusão

O fígado do cachorro e fígado do gato são órgãos poderosos, mas sensíveis. Eles trabalham em silêncio por muito tempo até que os sinais de doença apareçam. Por isso, a prevenção, a alimentação equilibrada, o uso responsável de medicamentos e os exames periódicos são as melhores formas de garantir uma vida longa e saudável para seu pet.

Se você tem dúvidas sobre o fígado do seu pet ou quer agendar um check-up preventivo, entre em contato com a equipe da Zoo Médica Pet HealthCare. Estamos aqui para cuidar com carinho, respeito e excelência. 


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